quarta-feira, 16 de março de 2011

Eu dei minha palavra

Eu vou te dar duas palavras e esperar tua reação. Deixo bem claro: quero um sorriso, um piscar de olhos, uma sensação. Quero sentir no teu riso aquele quê irônico, aquela vontade que tu tem de dizer as coisas e não diz só porque prefere o silêncio, só porque acha que precisa um pouco de paz. Aí eu vou te olhar no fundo dos olhos e sorrir, e eu espero que tu entendas que o que eu tô querendo dizer, o que eu tô querendo fazer tu sentir é amor. Amor por aquelas pequenas coisas e aquela aura lilás e brilhante que nos rodeava e toda aquela sensação breve e ainda assim terna e eterna. Aí vou abrir minha boca pra deixar que as palavras voem, pra deixar com que elas cheguem bem devagar aos teus ouvidos, pra fazer com que tu sorria o tempo todo enquanto eu digo: mas e aí? E aí que essas duas palavras foram unidas pra acabar com qualquer conversa que fosse. Mas eu tava errada mais uma vez. Tu irias rir e perguntar se tava tudo bem, como tava o colégio, os estudos, aquelas coisas que todo mundo acha que é obrigado perguntar. Que todo mundo julga ser o teu mundo e quem tu és. Mas aí tu foi lá e me mostrou o motivo de ser alguém tão especial, tu pegaste as palavras que eu te dei e me devolveste um eu também. Aí eu te olho séria, vendo que tu sorri, que tu dissipa aquele ar furtivo e agitado e insano e enlouquecedor e que tá louco pra rir da minha cara, tá louco pra jogar aquilo tudo em mim e me fazer pensar que sou uma tola criança. Mas aí eu abro um sorriso de volta, e é a vez de tu ficar sério, e tudo se sucede assim. Uma porção de coisas inesperadas e a gente se entendendo naquela alegria-tristeza sem fim.

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