É que o problema todo é não saber que nome pôr nas coisas. Aquele amor mais-que-maravilhoso, aquele sorriso mais-que-sincero, aquele pretério mais-que-perfeito. Todas aquelas coisas que passaram, que foram vividas e que agora você só guarda lembrança no peito. E o que sentimento que te preenche é tão novo e desconhecido, que você não sabe, você não tem a mínima ideia do que seja.
E isso corrói mais ainda. Machuca. Queria eu chamá-lo de indigestão cardiovascular, mas não é tão simples assim. Não tem remédio, não tem palavra amiga e nem desdém que faça sumir. É aquela dor que dói e dilacera, e só vai passar quando o acaso te fizer sorrir. Quando algum tropeço ocorrer e tu deparar-se com aquilo que buscas: que tu não sabes nem o que é.
A única solução é deixar ir, deixar passar. O remédio nem é o tempo. É a surpresa. É aquilo que te vais ocorrer naturalmente enquanto tu não tens forças pra fazê-lo ocorrer. Leva mais tempo, leva, mas um dia a vida te surpreenderás. Sempre chega o dia.
Até lá, doerá.
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