sábado, 19 de novembro de 2011

Metapoema

Eu escrevo pra um fantasma
Que vive e anda e canta
E tão longe de mim, encanta
E assim vai matando o coração meu

Eu escrevo pra um menino,
pra um menino que está em algum lugar trancafiado
Que não tem coragem de ser, menino
– e assim vive num corpo de entusiasmo

Escrevo pra um destino
que eu nem sequer acredito!
E que me persegue... com a lembrança
de um passado louco, o meu presente

Escrevo por uma dor, escrevo por raiva,
escrevo pelo meu gozo e pelo meu tato

Mas escrevo, acima de tudo,
pelo meu amor; pelas palavras
pela memória de que o que é escrito
não se apaga.

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