Não sei, não sei... São essas coisas assim que surgem na gente, que a gente em nenhum momento parou pra pensar ou pra construir. São esses anseios e esses defeitos, cada vez mais gritando no peito por um só motivo... São essas coisas que tiram da gente, que arrancam sem nem pedir.
São essas coisas que acontecem quando a gente deixa que o acaso reja nossa vida, e ela assim vai tomando um rumo desconhecido. A gente parado, rezando, pedindo - meu Deus! preciso encontrar um caminho - a vida seguindo, te deixando pra trás.
Um stop, stop (por favor!) e o melhor de tudo é sentir, que o vento passando, pra trás também vai deixando a dor de ter sido arrancada de ti.
domingo, 26 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Cartas pro menino grande
Boy, boy, boy...
Sinto tanto a tua falta. Por onde tens andado, por onde caminhas? Cadê tu, menino meu? Depois de tanto tempo ainda me pego lembrando de ti, sentindo tua falta. Todo gosto de café na minha boca me lembra tu. E cadê tu agora pra eu te dizer tudo isso? Às vezes vou pra parada de ônibus, só pra ir pra algum lugar, pra talvez... fugir. Espero te encontrar lá. Espero trocar as antigas palavras bonitas contigo, sempre com todo aquele cuidado e receio. E desejo, quando o ônibus para lugar nenhum chega, te dar um abraço, um beijo no peito. Despedir-se corretamente, e não pra sempre, mas como quem se despede e vai voltar. E então embarco no meu ônibus mágico, Ruby Tuesday nos meus ouvidos, menino meu - que saudade eu senti! - explodindo na cabeça. Te olho uma última vez pela janela capenga, tu tens um sorriso descontraído no rosto, as mãos enterradas nos bolsos. Sai de fininho da parada do ônibus a caminhar. Sorrio sozinha. Nós dois, sem rumo, tentando e tentando nos encontrar.
Sinto tanto a tua falta. Por onde tens andado, por onde caminhas? Cadê tu, menino meu? Depois de tanto tempo ainda me pego lembrando de ti, sentindo tua falta. Todo gosto de café na minha boca me lembra tu. E cadê tu agora pra eu te dizer tudo isso? Às vezes vou pra parada de ônibus, só pra ir pra algum lugar, pra talvez... fugir. Espero te encontrar lá. Espero trocar as antigas palavras bonitas contigo, sempre com todo aquele cuidado e receio. E desejo, quando o ônibus para lugar nenhum chega, te dar um abraço, um beijo no peito. Despedir-se corretamente, e não pra sempre, mas como quem se despede e vai voltar. E então embarco no meu ônibus mágico, Ruby Tuesday nos meus ouvidos, menino meu - que saudade eu senti! - explodindo na cabeça. Te olho uma última vez pela janela capenga, tu tens um sorriso descontraído no rosto, as mãos enterradas nos bolsos. Sai de fininho da parada do ônibus a caminhar. Sorrio sozinha. Nós dois, sem rumo, tentando e tentando nos encontrar.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
A noite que segue o sonho
Sempre alerta, sempre alerta
Sinal vermelho fixo no espelho
Mãos frias e rubras
Suando o medo e a dor do corpo
Lágrimas quentes que pelo rosto caem
Borrando a feição de sorriso belo.
Cachecol apertado ao pescoço
passos rápidos
cheiro bom de gasolina
a fumaça chula do cigarro vagabundo
os passos em frente
já corriam
As pernas transpassando
Marcha sendo trocada
Sinal vermelho,
Farol queimado
Cadê a luz?
Cadê a luz?
O sol se esconde
A madrugada é alva
O silêncio, rude.
Grades fechadas,
Alarmes ligados,
Vento sul.
Motor roncando,
Sinal vermelho
Passos correndo
Olhos fechados
Luz.
Sinal vermelho fixo no espelho
Mãos frias e rubras
Suando o medo e a dor do corpo
Lágrimas quentes que pelo rosto caem
Borrando a feição de sorriso belo.
Cachecol apertado ao pescoço
passos rápidos
cheiro bom de gasolina
a fumaça chula do cigarro vagabundo
os passos em frente
já corriam
As pernas transpassando
Marcha sendo trocada
Sinal vermelho,
Farol queimado
Cadê a luz?
Cadê a luz?
O sol se esconde
A madrugada é alva
O silêncio, rude.
Grades fechadas,
Alarmes ligados,
Vento sul.
Motor roncando,
Sinal vermelho
Passos correndo
Olhos fechados
Luz.
terça-feira, 7 de junho de 2011
[Run]believable
Pela primeira vez em toda minha vida, eu tenho que por na minha cabeça que tenho que fazer algo. Que seja o que for, mas algo deve ser feito... Que seja se jogar no ou pular do barco, que seja partir pra não voltar - ou seja ficar pra sempre. Que seja o que for, doa ou fortaleça... algo, alguma coisa tem que ser feita. Sei mais do que ninguém que a cabeça tá cheia, o coração a mil, a veia revolucionária pulsando com sede, o sonho insistente e causando dor de cabeça. Mas alguma coisa, qualquer que seja, tem que ser feita. E me pergunto onde está a mão pra me ajudar. As minhas já não andam mais juntas. Do contrário, cada ideia contrária as afasta, e eu já não consigo realizar nem A, nem B. Mesmo sem acreditar - é claro - em destino, espero que o acaso se faça presente e dê um rumo, porque eu não sei qual, não sei como, nem pra onde... Fugir.
domingo, 5 de junho de 2011
Chaos
Eu teria tanto pra dizer. Quem dera que você soubesse ouvir... quem dera. Tenho pensado todos esses dias na porção de coisas que eu teria pra falar, na porção de coisas que seriam possíveis através de tais palavras. E espero na minha mente pelas tuas respostas que nunca houveram, espero pelo teu interesse e pelo teu envolvimento. E eles não vem. Tu não vens.
E assim se passam os dias: arrastados. Tu reclamas todo tempo, e fica sonhando, e pensando "se...". Eu tentando mudar as coisas, eu falando, eu vivendo e tu aí, desvirtuando tudo com medo de se entregar e se ferir. Quem dera se soubesse ouvir, quem dera se soubesse ler. Quem dera se soubesse agir.
Quem?
E assim se passam os dias: arrastados. Tu reclamas todo tempo, e fica sonhando, e pensando "se...". Eu tentando mudar as coisas, eu falando, eu vivendo e tu aí, desvirtuando tudo com medo de se entregar e se ferir. Quem dera se soubesse ouvir, quem dera se soubesse ler. Quem dera se soubesse agir.
Quem?
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Pelas flores que caíram no asfalto
Tentei, segui teus passos
As folhas do outono ruindo no asfalto
Os carros, distantes
Meus pés exitantes
Seguir você, seguir você...
Fácil dizer, díficil falar
Difícil conter o coração ferido
Difícil impulsionar os passos -
a diferença está no caminho!
Tentei, tentei.
Espero um final, espero um encontro
Um tempo, um desconto
Preciso que haja, ainda, um pouco
Pra lutar, ser. Pra aceitar
e deixar que você
Possa partir.
Tentei, tentei
As flores não crescem no asfalto
Você já não sabe
Mas eu ainda lembro
E ainda sinto,
E eu não entendo!
E é essa a dor no meu peito -
onde terás ido?
Espero, espero.
As flores caíram.
As folhas do outono ruindo no asfalto
Os carros, distantes
Meus pés exitantes
Seguir você, seguir você...
Fácil dizer, díficil falar
Difícil conter o coração ferido
Difícil impulsionar os passos -
a diferença está no caminho!
Tentei, tentei.
Espero um final, espero um encontro
Um tempo, um desconto
Preciso que haja, ainda, um pouco
Pra lutar, ser. Pra aceitar
e deixar que você
Possa partir.
Tentei, tentei
As flores não crescem no asfalto
Você já não sabe
Mas eu ainda lembro
E ainda sinto,
E eu não entendo!
E é essa a dor no meu peito -
onde terás ido?
Espero, espero.
As flores caíram.
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