sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cartas pro menino grande

Boy, boy, boy...
Sinto tanto a tua falta. Por onde tens andado, por onde caminhas? Cadê tu, menino meu? Depois de tanto tempo ainda me pego lembrando de ti, sentindo tua falta. Todo gosto de café na minha boca me lembra tu. E cadê tu agora pra eu te dizer tudo isso? Às vezes vou pra parada de ônibus, só pra ir pra algum lugar, pra talvez... fugir. Espero te encontrar lá. Espero trocar as antigas palavras bonitas contigo, sempre com todo aquele cuidado e receio. E desejo, quando o ônibus para lugar nenhum chega, te dar um abraço, um beijo no peito. Despedir-se corretamente, e não pra sempre, mas como quem se despede e vai voltar. E então embarco no meu ônibus mágico, Ruby Tuesday nos meus ouvidos, menino meu - que saudade eu senti! - explodindo na cabeça. Te olho uma última vez pela janela capenga, tu tens um sorriso descontraído no rosto, as mãos enterradas nos bolsos. Sai de fininho da parada do ônibus a caminhar. Sorrio sozinha. Nós dois, sem rumo, tentando e tentando nos encontrar.

2 comentários:

  1. Adoro esse estilo 'carta' de escrever, bem pessoal. E adorei os sentimento que passa, de tempo passado, de saudosismo.
    Simplismente ótimo.
    P.S.: Adoro esses texto curtos porque são tão concisos e tão belos, são o que o Caio chamaria de 'metâmero'. Então, adorei o teu metâmero.

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  2. Definiu algo que queria dizer e não sabia como.Se despedir direito,sem dizer adeus.Querer que o tempo passasse devagar pra ser melhor aproveitado,com o menino meu.
    Ah,que texto lindo ! fiquei feliz de ter lido.

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