quinta-feira, 9 de junho de 2011

A noite que segue o sonho

Sempre alerta, sempre alerta
Sinal vermelho fixo no espelho
Mãos frias e rubras
Suando o medo e a dor do corpo
Lágrimas quentes que pelo rosto caem
Borrando a feição de sorriso belo.

Cachecol apertado ao pescoço
passos rápidos
cheiro bom de gasolina
a fumaça chula do cigarro vagabundo
os passos em frente
já corriam

As pernas transpassando
Marcha sendo trocada
Sinal vermelho,
Farol queimado
Cadê a luz?
Cadê a luz?

O sol se esconde
A madrugada é alva
O silêncio, rude.
Grades fechadas,
Alarmes ligados,
Vento sul.

Motor roncando,
Sinal vermelho
Passos correndo
Olhos fechados
Luz.

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