quinta-feira, 15 de março de 2012

À saudade

É claro, vou falar isso de novo
Tenho sentido tanto tua falta
[Mas já estou a ponto de parar de esperar
Estou a ponto de sair correndo sem permissão
De abrir a porta e gritar por perdão
De dizer-te que ano que vem tô tirando carta e fugindo
E que não me importa nem um pouco que não goste disso.]

[Estou a ponto de sair correndo a te seguir
Segurar o ombro - voltarei a ser feliz -
Poder falar o mais lindo que há em meu coração
E parar de achar que tudo, ilusão
Quero só segurar teu riso
- É nisso que venho pensando há tempos -
Poder te ver ao riso meu,
sentir teus braços e teu calor - que é só meu
E assim voltar aos dias anis
E assim voltar a ser feliz.]

Mas no correr da vida nada se sucede
Somente um mar de agonia e imprecisão
E eu fico trancada em minha mente,
sentindo calafrios e de repente,
pensando em você mais uma vez então...
Peço baixinho pense pense pense
Peço que o destino inexistente nos encontre
Peço pro sol que queima e pros pássaros da rua
Que por favor, favor me faça tua.

E não tenho te visto faz algum tempo
- Talvez só minhas tormentas e visões -
Querer você é o que eu mais tenho no peito
Espero poder dizer-te então:
"Você vai?" "Você viu?" "Você vem?"
E marcar um encontro pra falarmos sobre os céus e coisas que falamos tanto em sorriso e silêncio.
Quero poder te dizer minhas palavras feias,
quero poder ouvir me repreender.
Quero deixar com que meu coração se renda
E se faça todo teu.

Assim talvez, isso não dure muito... Seja a dor, seja a agonia, seja a luta
Um fim algum dia deve ter
Ano que vem, sim, eu vou fugir...
[Mas já não sei se fujo sem você.]

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