sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dos desatinos matinais

Acordo pra perder o coração logo cedo. Por que, dezoito dias após a minha despedida as notícias chegam assim, pra mudar tudo? Não sei se choro ou se rio. Aquela esperança tola me assolando novamente, minha cabeça vagando em suposições. Eu imaginando nós dois, a história dos ônibus novamente, eu sentindo que esse ano sim, vai ser diferente. Que eu e você vamos ter a oportunidade de dizer tudo que não foi dito desde então. E me cresce aquele medo, aquele desatino... mas meu coração é sincero e se perde batendo além da conta ao passo em que minha memória desenfreada vai renascendo e dizendo que voltou pra ficar. Como se isso fosse um conforto, mas não consigo pensar dessa forma. Então vou viver os dias só meus, e depois verei como é que estão as coisas. Espero poder encontrar teus olhos como um dia foram, espero ter teu jeito meu de novo. Ainda não sei medir o quanto as pessoas mudam.

Gostaria que pouco.

Um comentário:

  1. Talvez, uma das maiores inimigas do amor seja a suposição.
    Identifiquei-me com este texto em uns trechos, aliás, se expressou em palavras simples que através da montagem que você deu a elas ficaram bem expressivas.

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