domingo, 13 de junho de 2010

Inver(n)o Amor

Era verão, e assim como significa ser ou não verão, não era nada. Era um dia bonito, era um dia de sol. Era quente, agradável. Bom de se passar, bom de se aproveitar. Mas era apenas um dia bom.

Foi um dia em que um olhar amigo se cruzou, foi um dia em que sorrisos foram compartilhados, conversas foram trocadas e bons momentos passaram-se juntos.

Nenhuma briga ocorreu, nenhuma má lembrança se apossou. Nenhum sonho se destruiu, nenhuma vida se dilacerou. Nenhuma alma adoeceu, nenhum humano se deixou. Um dia bom foi, afinal. O que poderia mais se querer?

Ah, o coração é calmo demais. Os batimentos são constantes, uniformes entre si. O sangue corre normalmente, os olhos enxergam esguios, não-resplandecentes.

Ah, cadê o brilho, a emoção? Cadê o sopro de excitação? Onde estão os anseios, os sonhos, as preocupações? Me deixa sofrer um pouquinho, me deixa aprender a viver...

Que graça tem a vida quando é viver?

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