A gente perde tanto, ganha tanto. Pessoas somem e pessoas aparecem, novas palavras e novos pensamentos pra serem compartilhados. E mesmo que a razão-prévia viva gritando aos ouvidos "não tenha certeza, não tenha certeza", é natural e seu querer acreditar.
Querer crer que aquela pessoa sempre estará lá. Que não machucará dizer que você a admira, que você se sente bem ao lado dela. Querer dizer que a amizade faz sentido e foi descoberta. E sua razão-prévia-e-estúpida grita "não tenha certeza, não tenha certeza". A gente cansa de ter uma opinião formada sobre tudo.
Não podemos dizer as coisas por dizer. Se pudéssemos seria tão mais fácil. Falar e se arrepender, pra ser em seguida esquecido e substituído. Mas a maravilhosa insana mente humana, em meio a tantos esquecimentos, lembra-se. Palavras vãs nunca são esquecidas. Por quê?
E então não sei se me guardo no silêncio, e fico solitária em companhia do que penso ou dilato a garganta num grito, numa agonia vinda da necessidade de se expressar.
Cada dia, um dia! Amanhã talvez não tenha essa mesma nova-velha opinião. Por isso, mais seguro escrever do que dizer. Continuarei, e talvez disso sim eu tenha certeza, me aproveitando das palavras como terapia.
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