quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
chuva de arco-íris
eu li nos romances sobre casos de amor que terminam e dilaceram o peito e achei que tudo aquilo era horrível e meio masoquista, meio macabro, exagerado - o amor é sem limites mesmo, roberto, eu sei, mas olha: a gente vai lendo romances, folheando páginas velhas de livros de sebo, e nesse meio tempo vai conhecendo o mundo e gente (e também a gente). acho que os romances são um pouco cruéis, não são? o amor quando acaba é vendaval, mas ele também é calmaria, uma loucura boa, uma coisa tão complicada quanto um poema: você nunca vai saber bem o que ele diz, com quem ele fala, se ele é o autor ou é eu-lírico, se é amor ou dor. o amor é isso? o amor mascara, pinta de tons pastéis um quadro de uma tempestade. mas o amor, no final das contas, é preto e branco: ele é tudo, é nada. é difícil e é fácil. o amor, meu bem, o amor... ele é inexplicável.
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