domingo, 26 de outubro de 2014

quando se ama

to-do coração é uma célula revolucionária
[o amor faz um ser egoísta por dois]

sou mais quando amo. sou um horizonte de batalhas e vitórias. sou um coração que pulsa, que abraça e carrega nos braços o aconchego, os sorrisos e a humanidade. e defendo com braços mais fortes aquilo que creio, aquilo que é puro, sincero - sem ódio.

segunda-feira, 3 de março de 2014

último romance

apenas
segure meus olhos
como se seguram as lágrimas
como se soltam os risos

eu não quero saber de mais nada
apenas quero meus olhos seguros
quero teu abraço em meio a escuridão e poeira
o silêncio, a respiração e o coração acelerado

apenas
segure minhas orelhas
como se tapam os ouvidos
ou se abrem as almas

eu não quero saber de mais nada
apenas quero o carinho profundo
quero tua boca ao longo de um dia todo
o silêncio, o fôlego e a arritmia

apenas
segure meu coração
como se desprendem as aves
como se apaixonam os loucos

eu não quero saber de mais nada
apenas quero o amor desmedido
quero teu peito numa noite quente ou fria
o silêncio, o suspiro e a eternidade

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

chuva de arco-íris

eu li nos romances sobre casos de amor que terminam e dilaceram o peito e achei que tudo aquilo era horrível e meio masoquista, meio macabro, exagerado - o amor é sem limites mesmo, roberto, eu sei, mas olha: a gente vai lendo romances, folheando páginas velhas de livros de sebo, e nesse meio tempo vai conhecendo o mundo e gente (e também a gente). acho que os romances são um pouco cruéis, não são? o amor quando acaba é vendaval, mas ele também é calmaria, uma loucura boa, uma coisa tão complicada quanto um poema: você nunca vai saber bem o que ele diz, com quem ele fala, se ele é o autor ou é eu-lírico, se é amor ou dor. o amor é isso? o amor mascara, pinta de tons pastéis um quadro de uma tempestade. mas o amor, no final das contas, é preto e branco: ele é tudo, é nada. é difícil e é fácil. o amor, meu bem, o amor... ele é inexplicável.