terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Despedida

Resolvi parar com minha loucura. Resolvi deixar de ser assim, tão sentimental... Não quero mais me emocionar uma folha caindo das árvores. Lembro de você e o coração já sai batendo, mas você sabe bem que essas coisas nunca foram comuns pra mim. Fui tão modificada pelo teu amor, chego a essa conclusão... Achei que eram os ares, as conversas, os estudos. Mas foi o amor que me deixou assim. E agora quero me afastar, quero deixar as coisas voltarem a ser como elas queriam ter sido. Voltar pra antes do momento em que você chegou e me fez sorrir. É claro que sinto saudades, a fibra cardíaca arrebenta o peito. Mas aos poucos, prometo... vou deixar tudo isso de lado. Vou guardar todo meu amor pra mim, e te ter sozinho cá comigo. Agora já tens quem te leve adiante, e eu continuo com minhas palavras... Mas as guardarei pra mim. É claro, eu deveria lhe agradecer por tudo, tantas coisas bonitas saíram do meu peito desde então. Mas a sinfonia de um final feliz meio inconstante já pode ser ouvida. Vejo aquela despedida se alastrando, corações batendo forte de saudade. Mas peço que fique tranquilo, não desista, e bata sempre. O meu mudou de cor, agora é vermelho. Brotou ali amor, tanta coisa nasceu desses olhares, desses dizeres, dessas vontades. Vou ficar esperando. Vou ficar vivendo. Longe de palavras, longe de ilusões. Vou alastrar o meu adeus pro resto dos meus dias. Mas seria bom te ter uma vez ou outra, encontrar teus olhos em meio ao mar vazio de gente. E aqui, vou sangrando. Preenchendo de vermelho as extremidades, pintando minha linha da vida e pedindo passagem. Talvez um céu azul esteja de braços abertos pra minha volta. Talvez a selva continue me querendo. Mas as luzes da cidade... não me querem mais por perto. Talvez, no fim desse meu arco-íris, eu ache as devidas cores para me colorir. Mas enquanto a saudade não cura, enquanto a paixão sangra aos poucos... até que a última gota de sangue-amor escorra das minhas veias pálidas, eu permaneço sendo... vermelho.

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