sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Meu mundo é o mundo

Deposito minha esperança de criança naqueles que me surpreendem: a todos os amáveis, a todos os super-heróis, aos autênticos e intensos. Deposito a esperança de viver futuramente num mundo melhor neles. Meu mundo será construído aos poucos na essência das palavras, nos sentimentos dos corações e na beleza de uma vida limpa e simples. Será construído em cima das atitudes que me levantam, avante, em cima das vigas da humanidade, nos andaimes do conhecimento e simplicidade. Deposito minhas esperanças, dou-me minha própria alma. Construo-a baseada naquilo que acho bonito e certo, naquilo que me levanta e coloca-me na construção.

O mundo, é para lá que vou. É o que construo juntamente com outros como eu. E comigo levo todos eles, porque eles são parte de mim. O mundo é meu.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ódio, Aprendizagem e Morte

Odeio pessoas que opinam de mais. Falam de mais. Gritam de mais. Se acham de mais. Odeio todo o tipo de efusividade numa pessoa. Não sei conviver com isso. Me dá nos nervos.

Nota Mental:
Terei que aprender.

Odeio pessoas que não tem personalidade própria. Que não tem opinião própria. Que não tem palavra própria, vida própria, consciência própria.

Nota Mental:
Terei que aprender.

Odeio vencedores sem suor. Odeio nerds sem estudo. Odeio corridas sem velocidade. Odeio palavras sem sentimento. Odeio trabalho sem esforço. Odeio isso tudo.

Nota Mental:
Terei que aprender.

Odeio dizer que odeio. Odeio a tal palavra, odeio. Sentimento cruel, que corrói e da nos nervos, que instiga a perdição que não deixa de ser tentação: odeio dizer que tenho ódio borbulhando dentro de mim! E odeio.

Nota Mental:
Terei que matá-lo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Saudade daquilo que nunca existiu

Sinto saudade, daquilo que sequer existiu. Da sua mão no meu queixo, seus olhos em minhas íris. Sinto saudade do começo e do fim. Saudade do começo que nunca começou e do fim que nunca virá. E sinto saudade, saudade daquilo que há.

Sinto saudade do riso alongado, do abraço apertado que nunca senti. Quero-te perto, mas nunca perto esteve de mim. E sinto tua falta, sendo que sempre tua falta senti, porque nunca, em momento algum ao teu lado eu vivi.

E sinto saudade, saudade que dói, que arde e não tem traduções. Sinto sua falta, porque sei que pela vida inteira sentirei, a vida inteira estarei sentindo falta daquilo que não vivi.

E por favor, só peço que apareça, talvez em meus sonhos, que não aconteça como tem acontecido. Espero te ter, sinceramente, vivo. Em minha mente, perturbada, quem sabe, apenas preciso. O que me faz viver é saber que tudo aquilo que quero, consigo. Mesmo irreal, talvez, uma vez, te ter é tudo aquilo que eu quero sonhar, e sentir saudades, porque foi assim que te conheci: sentindo saudades daquilo que nunca existiu.